quarta-feira, dezembro 07, 2005

Virei uma má ou uma "mala" persona?

Esses dias eu estive pensando "nossa, como estou chata". Aliás estou um azedume só. Simplesmente intragável! Não tenho paciência para nada, as mínimas coisas andam me irritando maximamente todos os dias. E fora que brotou em mim uma agressividade que não sei se onde que vem. E isso não tem desculpa de TPM pq não se restringe somente a esses períodos - em que aliás ando me transformando em um misto de furacão Katrina e adolescente de 15 anos deprimida. - Gente, eu lembro de mim! Sempre fui muito paciente, sempre evitei conflitos e sobretudo odiei agressão, o que está acontecendo comigo? É isso que acontece quando a gente entra na casa dos 20 e se torna adulto? Vira uma mala??? Uma má pessoa ou coisa afim?
OK, tem algumas justificativas. Uma delas é que o clima de Bósnia na minha casa já esgotou a minha paciência de Jó, não dá p/se concentrar nem para um jogo de Paciência Spider lá...imagine trabalhar? Outra que realmente chegou a hora de que eu tenha meu próprio espaço onde eu possa ter as minhas coisas (ou pelo menos ter um pouco mais de controle das minhas coisas). Não dá mais p/agüentar ter e não ter as coisas, ser dono e não ser, chega, cansei!!! Fora que ter um filho de quase 17 anos aos 22 não é uma coisa normal, eu não pari aos 5 anos de idade gente!!! Chega, acabou a paciência!!!!!!!
Mas depois dos desabafos vou tomar uma resolução. Podem interpretar como uma resolução de Natal ou de Ano Novo, já que é chegada a hora dessas resoluções mesmo. Eu vou voltar a mim. Chega, não tô mais com paciência tb p/essa pessoa odiosa que brotou em mim, não sou eu, definitivamente. Preciso somente de umas sessões de regressão (lembrar com eu era, nada de "outras vidas" não) e uma recarga de paciência. Acho que isso Nárnia pode me ajudar (Nárnia?? Ah, deixemos isso p/outro post). Rir também, rir é um ótimo remédio! Resolvido então, vamos voltar aos sorrisos e caras felizes. Desenhos e redações também costumam funcionar, mas isso já não garanto...promento tentar. Açúcar no azedume, ninguém agüenta mais isso!

segunda-feira, outubro 24, 2005

Imagem escrita

Grande parte de nós é um escritor em potencial. Mas entre potencial e a palavra escrita há muuuuita diferença. Existe uma grande vala entre um imaginador e um escritor. Eu me declaro como uma imaginadora...ou imaginatrix, sei lá, eu que inventei chamo do que eu quiser. Quer prova maior que uma diferença de 4 meses de um post para outro? O blog ficou em silêncio por quê? Eu não tive idéias? Não tive o que dizer? Necas de pitibiriba! Imaginei muita coisa nesses últimos tempo...às vezes me vêm imagens de posts inteiros de uma vez, formados. Mas o grande problema é esse, eu só imagino. Adoro as imagens, e quando elas viram palavras perco o interesse do tema :-( Sempre fui assim. Me lembro pequena, imaginando mil histórias...gostaria de resgatar essas histórias, mas a maioria não saiu do mundo das imagens. Me lembro também que uma dessas histórias delas era a da invenção de uma máquina de imagens...não, não uma filmadora ou câmera fotográfica normais. Seria uma máquina que captasse as imagens que eu inventava, assim eu poderia compartilhar com os outros as histórias coloridas e texturizadas que saíam da minha cabeça...e poderiam ser guardadas para que elas durassem além da minha existência.
Cresci e continuei a mesma coisa...só imaginando. Imaginando tudo que eu posso, histórias, futuro, presente e passado. Perco horas imaginando, me distraio imaginando, e quanto mais silêncio estou, mais imagens surgem em mim...intraduzíveis. Às vezes tento passar para o plano escrito...mas a imagem escrita já não tem tanta graça para mim. Por isso jamais vou me tornar uma escritora. Não por falta de idéias, imaginação ou criatividade, mas pela falta da ponte que cruza a vala do imaginador para o escritor. Será se eu posso simplesmente imaginar a ponte e torná-la real?

sábado, junho 18, 2005

Mãe é melhor

Mãe é mesmo melhor amiga. Quando tô mal ela sempre consola. Quando tô manhosa ela mima até satisfazer minha necessidade de atenção. Na conversa ela é sempre a meu favor, mas só enche minha bola na medida certa. Quando eu tô otimista ela se alegra. Quando eu tô pessimista o incentivo dela não é uma pressão, respeita o meu tempo. Ouve meus desabafos e tem sempre colo pra mim. Nunca cansa de mim, por mais chata que eu esteja naquele momento. Se eu tô doente ela me cuida. Se eu tô saudável ela também me cuida. Quando eu tô a fim de ficar sozinha ela respeita, mas deixando claro q está sempre ali para mim. Ela me deixa ir, mas é sempre meu porto seguro para voltar.
As mães merecem mais que o paraíso. A minha pelo menos merece.

terça-feira, maio 24, 2005

Quase post

Faz dias que estou com vontade de escrever um post, mas estou muito sem tempo p/escrever um post decente!!! Q droga, não tenho tempo p/nada. Enfim...só escrevi esse "quase" post p/matar um pouquinho as saudades enquanto eu espero o jantar. Ah, e tb passei p/dizer p/q o post anterior seja esquecido. Estou bem. Sempre existe uma porta do lado, e se ela emperrar, empenar, tiver trancada, quebre a janela! É isso! Antes pagar um conserto em uma janela q ficar consumindo meus dias com preocupações à toa.

quinta-feira, maio 12, 2005

Dias conturbados...

Tem dias que não dá para entrar pela porta do lado. Tem vezes que todos os problemas vêm de uma só vez. Acho que todo mundo experimenta isso no mínimo uma vez na vida. O problema que quando você é uma dessas pessoas felizes, que quase sempre entra pela porta do lado ninguém consegue aceitar que vc está triste. Que não está bem. Todo mundo pode ficar emburrado, zangado, triste...menos vc. Isso às vezes é uma droga. Eu tb sofro ora! Tudo bem que estou sempre procurando me poupar do sofrimento, tentando ver o lado bom e risível de tudo...mas às vezes simplesmente não dá. Aí todo mundo começa a se culpar pelo seu sofrimento. Não quero ninguém se culpando por nada. Às vezes tudo o que preciso é ficar quietinha...p/recobrar minhas forças. Só isso.
Adoro entrar pela porta do lado e estar feliz...se não fiz isso pode ter certeza que foi porque eu não consegui. Eu não gosto de estar frágil, de me expor ou expor meus sentimentos. Se faço isso juro que não é de propósito. Eu odeio mesmo isso...exposição. Eu sei que em parte isso é ruim, mas quando eu tô conseguindo me mostrar um pouco p/as pessoas, dividir meus sentimentos, corro o risco de ser interpretada como exagerada...avaliando o custo/benefício acho que o melhor mesmo é a velha estratégia da retração (aliás só estou postando isso aqui pq ninguém olha esse blog mesmo). Por isso que é bom chorar no metrô...ninguém percebe...ninguém te olha...no máximo vc ganha um olharzinho de pena, e vc só precisa fingir que ele não existe. O alívio é imediato, recomendo.

segunda-feira, abril 18, 2005

A Porta do Lado

Hj eu resolvi postar algo que não fui eu q escrevi...mas bem q eu gostaria de tê-lo escrito.


A PORTA DO LADO por Drauzio Varella
"Em entrevista dada pelo médico Drauzio Varella, disse ele que a gente tem um nível de exigência absurdo em relação à vida, que queremos que absolutamente tudo dê certo, e que, às vezes, por aborrecimentos mínimos, somos capazes de passar um dia inteiro de cara amarrada.E aí ele deu um exemplo trivial, que acontece todo dia na vida da gente. É quando um vizinho estaciona o carro muito encostado ao seu na garagem (ou pode ser na vaga do estacionamento do shopping). Em vez de simplesmente entrar pela outra porta, sair com o carro e tratar da sua vida, você bufa, pragueja, esperneia e estraga o que resta do seu dia. Eu acho que esta história de dois carros alinhados, impedindo a abertura da porta do motorista, é um bom exemplo do que torna a vida de algumas pessoas melhor, e de outras, pior. Tem gente que tem a vida muito parecida com a de seus amigos, mas não entende por que eles parecem ser tão mais felizes. Será que nada dá errado para eles? Dá aos montes.Só que, para eles, entrar pela porta do lado, uma vez ou outra, não faz a menor diferença. O que não falta neste mundo é gente que se acha o último biscoito do pacote. Que "audácia" contrariá-los! São aqueles que nunca ouviram falar em saídas de emergência: fincam o pé, compram briga e não deixam barato.Alguém aí falou em complexo de perseguição? Justamente. O mundo versus eles.Eu entro muito pela outra porta, e às vezes saio por ela também. É incômodo, tem um freio de mão no meio do caminho, mas é um problema solúvel. E como esse, a maioria dos nossos problemões podem ser resolvidos assim, rapidinho. Basta um telefonema, um e-mail,
um pedido de desculpas, um deixar barato.
Eu ando deixando de graça, para ser sincero.
Vinte e quatro horas têm sido pouco para tudo o que eu tenho que fazer, então não vou perder ainda mais tempo ficando mal-humorado.Se eu procurar, vou encontrar dezenas de situações irritantes e gente idem, pilhas de pessoas que vão atrasar meu dia. Então eu uso a "porta do lado" e vou tratar do que é importante de fato. Eis a chave do mistério, a fórmula da felicidade, o elixir do bom humor, a razão porque parece que tão pouca coisa na vida dos outros dá errado."

sábado, abril 09, 2005

O preço das coisas

Dia desses eu senti vontade de levantar os braços quando estava indo para o museu...cheguei na bilheteria do metrô e o preço do bilhete tinha saltado grotescamente de R$2,00 p/R$2,25!!! Quase tive um treco...imagina? Que assalto! Sabe o q significa R$0,50 por dia? R$15,00 por mês?? Pô, quase um rodízio de comida japonesa...tá, dez reais a menos, mas mesmo assim. Então resolvi ter a brilhante idéia de pegar o 665 (Pavuna - Saens Peña) para ir ao museu...na verdade a idéia não foi minha, mas enfim... Só p/começar demorou um século pra passar. Quando chegou, já estava meio cheio. Fui em pé. Os que estavam no ônibus reclamavam q o motorista pegava todos os passageiros, enchendo mais ainda. Os que entravam reclamavam q estavam quase duas horas no ponto esperando. As pessoas passavam levando minha mochila, me levando embora, me imprensando e eu, já morrendo de vergonha, tinha q ficar me jogando em cima da pessoa q estava sentada no banco em frente de onde eu estava. No meio dessa confusão, passa (da maneira q pode) uma menina pequena com roupa de escola repetindo em vão "cença, cença, cença". Pessoas se aglomerando, um calor pavoroso...e só me vinha torturantes flashes daqueles bancos verdinhos do metrô, agora me parecendo tão confortáveis, ar condicionado, e com certeza vazio naquele horário (11h). Ainda bem q pelo menos eu estava acompanhada, senão juro q ia descer daquilo. Me senti a mais fresca do universo.
Fui em pé até lá na Cancela, onde desci, entrei na Quinta da Boa Vista e segui p/o museu. Desci e minhas pernas ainda ficaram alguns segundos meio duras, inflexionáveis...não de ter ficado em pé, já viajei em pé no metrô por mais tempo q isso...mas de ficar em pé e tão tensa. Tudo q eu pensava era q o R$0,65 pagos a mais p/ir de metrô são os centavos mais bem gastos q gasto na vida. Hj foi anunciado q o preço do ônibus vai subir R$0,20...me solidarizo com quem anda de ônibus, mas nem consegui ficar triste, agora só pago R$0,45 pelo meu conforto.
Desde que comecei a ganhar meu próprio dinheiro, e o mais importante, a ter q arcar sozinha com quase todos os meus gastos, passei a dar valor a poucos centavos...sim eles fazem diferença. Mas aprendi também que mtas vezes compensa pagar pequenas fortunas com confortos...É aquela história de propaganda de cartão de crédito: o conforto pode custar caro, mas o prazer que ele me dá...não tem preço. Quem sabe isso não me economiza dinheiro com creme p/rugas em algum momento da minha vida?

quarta-feira, março 23, 2005

Verruga de Prata

Essa semana fui ao Centro da cidade, tentar resolver meu problema irresolvível de dente. Em meio a confusão de pessoas pra lá e pra cá, gente vendendo amendoim, caras empurrando carrinhos de mão cheios de porquinhos de barro (?), um rapaz me chamou atenção. O motivo era um piercing...não, não que eu seja careta, não tenho nada contra piercings, até já quis pôr um...mas era um piercing no meio da cara, em um lugar totalmente nada a ver. Era perto do canto da boca, um pouco para baixo. Um ótimo lugar para uma verruga por exemplo...aliás nesse mesmo lugar eu tenho uma marca de catapora. Aí fiquei pensando, como as pessoas são engraçadas, aliás, me incluindo, nós temos concepções engraçadas. Depois passaram mais e mais pessoas com piercings, elas começaram a brotar do nada...Gente com piercing no nariz, o q até é mais normal. Mas imagina se elas tivessem nascido com uma verruga nesse mesmo lugar, com o mesmo tamanho? Será q elas iriam gostar disso? Verruga no nariz é coisa de bruxa mas uma bola de prata é "style". As pessoas vão ao shopping, tiram verrugas no dermatologista e depois passam num "piercingneiro" para colocar o tal do piercing. Pô, a coitada da verruga dá mto menos trabalho...não inflama (a não ser q vc fique futucando tentando tirar ela de lá), não precisa tirar p/limpar e, no caso do nariz, não fica acumulando meleca por dentro. Só o chato é que não dá para escolher a cor e o lugar, já vem de fábrica. Tá não tô dizendo que verruga é lindo, eu tiraria...mas não deixa de ser um enfeite? Não? Não né...
Conclusão, ter uma verruga de prata é lindo, já uma natural...
Depois de ficar refletindo sobre as verrugas de prata eu vi hj na academia uma menina com um piercing no dente...quer dizer, um piercing não, pq obviamente era colado. Todo mundo detesta pôr aparelho, p/não ficar com brilho metálico no dente...mas brilho de cristalzinho, óbvio, é estiloso, brilho artificial para quem quer um sorriso brilhoso (juro q a rima não foi proposital). Versão nova de dentes de ouro...

domingo, março 20, 2005

Será q vai dar pé?

Eu já tentei fazer um blog...confesso q acho isso uma grande inutilidade, mas para dizer a verdade...as inutilidades de certa forma me atraem (até hj ainda não saí do okurukut!?!). Eu não preciso ter qualquer tipo de compromisso com uma coisa inútil...se eu não quiser fico sem postar um mês...ou então posso postar todos os dias. Não haverá culpas...é inútil mesmo! No máximo vou me sentir culpada de estar gastando um tempo aqui q poderia estar sendo gasto com coisas realmente úteis, como minha dissertação só p/dar um exemplo. Ah, mas aí eu vou pensar: posso me divertir um pouco de vez em quando né? Então a culpa vai embora. Pensando bem...talvez nem seja tão inútil assim.
Mas voltando ao "Eu já tentei fazer um blog...". O q aconteceu com ele? Óbvio q eu desisti. O q me faz pensar q esse aqui vai dar pé? Nada. Essa é a verdade. Mas vou fazer assim mesmo. E ponto final.